
Buenas, assisti ao filme sobre a última rainha da França, ícone da burguesia da corte de Versalhes, Marie Antoinette- 2006 com a lindinha Kirsten Dunst e dirigido por Sofia Coppola. Não vou dizer que o filme não fede, nem cheira porque me levou a algumas reflexões, e como uma reflexão é sempre válida, acredito que o filme cheira sim... Não é nenhum Channel número cinco, mas ele até que cheira bem... Talvez cause certa estranheza no início, um filme de época contrastando com uma trilha sonora moderninha, assim como o linguajar dos personagens sem todos os pretensos rococós... Mas o filme peca pela omissão de alguns fatos que poderiam esclarecer e informar quem vai ao cinema assistir ao filme, como por exemplo as idades que ela tinha em cada acontecimento. Quatorze anos ela tinha quando foi levada da Áustria para a França para desposar o delfim. Além disso o filme pára exatamente no momento em que a vida de Maria Antonieta sofreria uma reviravolta terrível, quando é presa e depois passa por um vergonhoso e já pré-definido julgamento, além de sua fatídica decapitação aos 38 anos em praça pública vestindo um traje vermelho para não ressaltar a cor do sangue. Mas o filme consegue nos transmitir muito bem a situação solitária de Maria Antonieta numa corte cheia de intrigas e luxos. Enchiam a rainha de mimos e presentes e no meio de uma escolha e outra de vestidos, vinham lhe comentar por alto os problemas do reino. Como alguém vai discutir pobreza ou estratégias políticas completamente fora do contexto em que vive? Pois bem, ela chegou ao extremo de pagar com a vida por ser a representante máxima da nobreza omissa. Num palácio de trivialidades, Maria Antonieta foi rainha e acabou decapitada. Hoje em dia quem serão nossas rainhas? E o que fazemos com elas? Pense nisso...
Marcadores: Filmes
1 Comments:
Escutei teu post no cafezinho de ontem. Muito bom. To louco pra ver esse filme. Um abraço cara.
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