22.7.05





Pois nesta última entrega do Oscar, um magrão proporcionou uma tremenda saia justa aos decaídos membros da academia.
Seu nome; Jorge Drexler.
Pois o uruguaio que concorreu ao Oscar de melhor canção pelo grande filme Diários de Motocicleta, teve sua música assassinada na interpretação do canastrão Antonio Banderas. Não bastasse isso, ainda recebeu um tiro de misericórdia na execução da canção pelo guitarrista Santana.
Quando Drexler recebeu o merecido prêmio, foi lá pra frente daquele bando endinheirado, e ao invés de agradecer a mãe, ao pai e a Xuxa, abriu o peito e cantou um trecho, de como sua canção foi de fato conceituada.
Límpida e clara, como todo o disco ECO deste cantante que de uma hora para outra foi lançado ao estrelato.

Lá vai una pequena prova deste álbum:
A canção Todo se transforma, que trata das diversas relações das coisas, dos lugares, dos gestos e das pessoas que estão em constante mudança.
Transendência pouca é bobagem...
Depois segue minha canhestra tradução:

TODO SE TRANSFORMA
Tu beso se hizo calor,
luego el calor, movimiento,
luego gota de sudor
que se hizo vapor, luego viento
que en un rinccón de La Rioja
movió el aspa de un molino
mientras se pisaba el vino
que bebió tu boca roja.

Tu boca roja en la mia,
la copa que gira en mi mano,
y mientras el vino caía
supe que de algún lejano
rinccón de otra galaxia,
el amor que me darías,
transformado, volveria
un dia a darte las gracias.

Cada uno da lo que recibe
y luego recibe lo que da,
nada es más simple,
no hay otra norma:
nada se pierde,
todo se transforma.

El vino que pagué yo,
con aquel euro italiano
que había estado en un vagón
antes de estar en mi mano,
y antes de eso en Torino,
y antes de Torino, en Prato,
donde hicieron mi zapato
sobre el caería el vino.
Zapato que en unas horas
buscaré bajo tu cama
con las luces de la aurora,
junto a tu sandalias planas
que compraste aquella vez
en Salvador de Bahía,
donde a otro diste el amor
que hoy yo te devolvería...

Cada uno da lo que recibe
y luego recibe lo que da,
nada es más simple,
no hay otra norma:
nada se pierde,
todo se transforma.


Jorge Drexler

TUDO SE TRANSFORMA
Teu beijo produziu calor,
e do calor, movimento
logo, gota de suor
que se fez vapor, logo vento
que em um lugar de La Rioja
moveu a pá de um moinho
enquanto que pisavas no vinho
que bebeu tua boca roxa.

Tua boca roxa na minha,
o copo que gira em minha mão,
enquanto o vinho caia
soube que em algum distante
lugar, de outra galaxia,
o amor que me darías,
transformado, voltaria
um dia a dar-te as graças.

Cada um dá o que recebe
e logo, recebe o que dá,
nada é mais simples,
não há outra norma:
nada se perde,
tudo se transforma.

O vinho que paguei,
com aquele euro italiano
que havia estado em um vagão
antes de estar em minha mão,
e antes disto em Torino,
e antes de Torino, em Prato,
onde fizeram meu sapato
sobre o qual cairía o vinho.

Sapato que em algumas horas
buscarei debaixo da tua cama
com as luzes da aurora,
junto a tua sandalia plataforma
que compraste aquela vez
em Salvador na Bahia,
onde a outro deste o amor
que hoje eu te devolvería...

Cada um dá o que recebe
e logo, recebe o que dá,
nada é mais simples,
não há outra norma:
nada se perde,
tudo se transforma.




AL OTRO LADO DEL RÍO

Clavo mí remo en el agua
Llevo tu remo en el mío.
Creo que he visto una luz
al otro lado del río.
El día le irá pudiendo
poco a poco al frío.
Creo que he visto una luz
al otro lado del río.
Sobre todo, creo que
no todo está perdido.
Tanta lágrima, tanta lágrima,
y yo, soy un vaso vacío...
Oigo una voz que me llama,
casi un suspiro:
Rema, rema, rema!
En esta orilla del mondo
lo que no es presa, es baldío.
Creo que he visto una luz
al otro lado del río.
Yo, muy serio, voy remando,
y muy adentro, sonrío.
Creo que he visto una luz
al otro lado del río.

Jorge Drexler

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Boa dica!!
Por favor, continue a nos agraciar com dicas de discos e filmes ok??
Um abraço!

3:32 PM  

Postar um comentário

<< Home